quarta-feira, 14 de abril de 2010

Silêncio

Eu não queria ser surda, mas gostaria de poder apertar mute. Eu já ouço bastante por natureza, mas favor limite aos podres, calunias, burrices, bizarrices, reclamações, venenos... ainda de gente que eu não conheço e nem quero conhecer no ônibus, na mesa ao lado, na fila, na baia ao lado - antes fosse um cavalo na baia ao lado - não, não peça minha opinião porque vou ser grossa, e sou bastante por natureza, tenho intolerância a ignorância, sou ignorante. No máximo um sorriso fraco como símbolo do meu silencio e agradecimento por não insistir. É cada absurdo, que às vezes eu me pergunto como consigo viver num universo de palavras que me fazem faltar o ar. Ninguém sabe nada, mas como falam... falam por gerações inteiras, longínquas, que mania de querer falar o que pensa e o que não pensa pra falar. Às vezes penso que o mundo só vai ter paz, quando houver silêncio.