terça-feira, 13 de novembro de 2012

Rússia

Sete tempos de palavras e algumas tentativas de uma esperança qualquer dentre formas e curvas num equivalente querer. Em cada ser a busca por um olhar virtual de lembrança. Séculos passados em minutos reais passados por sexagenárias frações de tempo numa ausência. O incompreensível me encara em cada espelho onde tento me encontrar numa imagem que não vejo, não se reconhece quando não há compreensão. Compreensão é tudo que me espera num reflexo de solidão em estilhaços teus, tão meus. A expectativa atirou na esperança que sangra num asfalto qualquer, próximo a uma sargeta por onde se escorre uma vitima de quase paixão, por veneração a imagem utopica de ilusão. Alma de artista, espera pueril, reality surreal, idiota em toda plenitude, e aquela gargalhada que se ouve em toda queda no escuro restando a espera por ela: quem sempre me carrega nos braços... solidão venha me salvar, traga um casaco de pele sintética, um cha de ervas que me traga calor passageiro que me faça sobreviver ao sopro mortal da indiferença, ausencia, ou sei la, o que nao é.