domingo, 13 de maio de 2012

Nada

Quarenta e cinco no gregoriano, uma eternidade no meu, e nada. Nada mais eh, nada sera. Nada. Tao presente em meu preterito, nada diferente no presente, e entao nada me faria crer no futuro. Nada, intitula meu muito a sua própria significancia, mas sempre haverá sobras. Do lado de ca uma garrafa de vinho bom, brie, camembert, geleia de framboesa e saudade. Do lado de la a musica q nunca fiz e um amor monoplatonico ao burro, ao arrogante, ao prepotente solitário de loucura infinita que só cabe ao mundo e a compreensão de quem vive, se eh que existe mais alguém. O que sobrou daqui eu ofereço ao próximo, quem haveria de negar ao banquete dos deuses com pitada de saudade? Do lado de la quem haveria de querer? Sua procura eh tão vã quanto suas palavras, de nada vai adiantar, como de nada adiantaram as palavras. No meu mundo palavras são palavras, no seu, nem me interessa saber. Exasperador eh saber o que se sabia, a redundância do próprio conhecimento. Mas sabe que no fim eu agradeço? Apesar da também redundância do teu nome, me fez esquecer o primeiro, e ja se pode avistar um terceiro, louco pra me tirar dessa redondeza. E então eu ou você diríamos que nao daria em nada.

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