segunda-feira, 11 de abril de 2011

Função

Dá pra responder logo? Ou terei eu de atropelar novamente minha frívola empáfia pra ter uma de duas respostas? Simples: sim ou não sei.

Nem que cravassem meus dentes sensíveis no gelo poderia haver mais dor e mais frieza que a tua singela indiferença. Até agora não posso crer. Tenho em minhas mãos algo que pouco mais de um milhão morreria pra ter, e te ofereci, assim de mão beijada, lambida e você não sabe se quer. Às vezes tenho vontade de te matar, às vezes tenho vontade de te beijar por ser assim. Por rasgar meu peito ao meio sem se importar e sem saber. Me encanta o seu não saber que te amo, o seu não saber que morreria por você, o seu não saber da minha vontade de te matar. Você me irrita. Tua perfeição me irrita e eu fico querendo colocar defeitos em vc, quando sua indiferença é linda. Aclara minha soberba insignificância, me bota no meu lugar em brado. Quem eu penso que sou pra te obrigar respostas quando a beleza está no não saber. Eu te amo com todas as minhas forças embora não saiba bem o que isso signifique. Quero todos os seus prótons, elétrons e neutralize-me por favor. Eu não aguento mais essa fissão nuclear de tanto te querer.

Meu nariz escorre como cataratas agora, deixei-me pegar pela gripe por sua causa, e se meu nariz chora é porque meu olho não aguenta mais. Se em ventura me disser que sim, e não puder sentir o seu cheiro porque os orgãos dos meus sentidos trocaram de função, saiba que meu corpo não terá outra função, senão, morrer.

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